Hit do ‘Passinho’ é a música mais ouvida no YouTube em Alagoas

Por Agência Tatu Nem forró, nem sertanejo e nem samba. A música mais ouvida pelos alagoanos no YouTube é Hit Contagiante, um brega-funk com o envolvente sotaque do pernambucano Felipe Original e a batida chiclete do funk do MC carioca Kevin o Chris, que ganhou as ruas de Alagoas dando ritmo ao “Passinho”. Os dados

Hit Contagiante Agência Tatu - Hit do 'Passinho' é a música mais ouvida no YouTube em Alagoas
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Por Agência Tatu

Nem forró, nem sertanejo e nem samba. A música mais ouvida pelos alagoanos no YouTube é Hit Contagiante, um brega-funk com o envolvente sotaque do pernambucano Felipe Original e a batida chiclete do funk do MC carioca Kevin o Chris, que ganhou as ruas de Alagoas dando ritmo ao “Passinho”.

Os dados coletados pela Agência Tatu revelam que dos mais de 17 milhões de reproduções que o hit teve no total, mais de 3 milhões de visualizações vieram somente de Alagoas, nos últimos 3 meses. Superando o sertanejo Milu, do cantor Gusttavo Lima, o segundo mais visualizado, com quase 1,7 milhão de reproduções no estado.

Na lista das mais ouvidas ainda estão Cobaia, de Lauana Prado (com 1,69 milhão de visualizações), Algo Mais, do Xand Avião (com 1,49 milhão), e Todo Mundo Vai Sofrer, de Marília Mendonça (1,47 milhão de reproduções). Veja abaixo as dez mais ouvidas em Alagoas. Confira também a entrevista exclusiva da Agência Tatu com o MC Felipe Original.

As 10 músicas mais ouvidas

1ª – Hit Contagiante

Felipe Original e Kevin o Chris


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2ª – Milu

Gusttavo Lima


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3ª – Cobaia

Lauana Prado


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4ª – Algo Mais

Xand Avião


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5ª – Todo Mundo Vai Sofrer

Marília Mendonça


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6ª – Combate

Aldair Playboy


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7ª – Ninguém Fica Parado

Shevchenko e Elloco


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8ª – Bebe Vem Me Procurar

Saia Rodada


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9ª – Vou Ter Que Superar

Matheus & Kauan


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10ª – Não Pare

Midian Lima


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Entrevista com Felipe Original

Autor do sucesso mais tocado em Alagoas, em entrevista exclusiva à Agência Tatu, MC Felipe Original conta um pouco da sua trajetória na música e quais os próximos passos na carreira.

Agência Tatu: Nos últimos meses sua música Hit Contagiante passou a figurar entre as mais ouvidas do Brasil em todas as plataformas. Como foi o processo para chegar até esse sucesso?

Felipe Original: Eu já tô há um tempo nessa caminhada. Desde o início do brega-funk, que iniciou aqui em Recife. Já faz mais de dez anos. Eu dei uma parada em 2017, porque não estava tendo mais rotatividade de shows, então não tinha mais como me manter só com os shows e não estava conseguindo emplacar uma música. Aí eu tive que dar uma parada para focar nos meus estudos. Sou formado como tecnólogo em Logística, passei dois anos estudando e trabalhando. Na verdade, na época eu comprei um carro e fui rodar de Uber para me manter, porque eu já tinha dois filhos, já era casado…

Me conta um pouco como surgiu o brega-funk aí em Pernambuco e como esse ritmo influenciou na sua carreira.

Na época [cerca de 13 anos atrás] o funk estava em alta junto com o tecnobrega. Nessa época, a banda Lapada era um estouro aqui em Recife, e os MCs começaram a surgir cantando letra de funk misturada com a batida, que era mais lenta, 85 ou 100 bpm.  Não era tão para cima como é hoje. Os MCs que eu mais me inspirava eram o Metal e o Cego, que vieram com esse brega-funk, há 13 anos. Depois surgiram o Sheldon e outros MCs com uma batida mais moderna, modernizando o brega-funk. E o ritmo sempre vem evoluindo e mudando constantemente e hoje chegou no auge, porque a qualidade musical melhorou bastante, é mais dançante, com ritmo. 

Antigamente, quando a gente se espelhava nesses MCs eu não cantava, só acompanhava, era fã, sempre me espelhava em querer fazer aquilo. Depois que eu gravei um vídeo com uns amigos na praia e estourou: Reginho e Banda Surpresa, aquela do “minha mulher não deixa não”, que foi um sucesso no Brasil. A gente foi a vários programas de TV, como Gugu, Faustão, Fantástico… Inclusive, nessa época o Neymar era [jogador] revelação do Santos, estava jogando no sub 17 da seleção brasileira e fez até a dancinha também. 

Depois desse período que eu passei dançando com Reginho, que rodou o Brasil, tomei gosto da coisa e queria que aquilo ali fosse um projeto pra mim, então eu fiz um projeto junto com os meninos, na época era Meninos da Net, e a gente passou uns cinco anos e conseguimos emplacar uma música. Deu um milhão de acessos no clipe que a gente fez e, na época, era muita coisa. Depois a gente fez outra música, Machuca, que também teve uma repercussão bacana aqui em Pernambuco, inclusive até Gabriel Diniz, Saia Rodada e outros artistas regravaram. Depois a gente passou um tempo fazendo shows, depois caiu, música tem sempre seus altos e baixos. Para chegar é difícil e para manter é mais difícil ainda.

As pessoas só enxergam os sucessos, mas quantas tentativas você fez de lançar uma música e voltar pro cenário musical até conseguir emplacar esse hit?

Então, eu passei até 2017 vivendo só de música. 2017 foi a época baixa que eu não estava conseguindo  ter uma rotatividade de shows como eu tinha antes aqui em Recife com os Meninos da Net. O campo aqui estava muito fechado. A gente não saía de Pernambuco, a gente saiu só pra João Pessoa, mas lá não era tão forte o brega-funk como é em Recife. Hoje em dia o brega-funk tomou uma proporção muito maior e a gente comenta aqui que o campo está mais aberto em termos de shows e, graças a Deus, deu tudo certo. 

Depois que eu voltei pro meu projeto solo, montei o projeto Felipe Original e gravei cinco músicas pra conseguir emplacar essa.

Em Hit Contagiante você utiliza um trecho de uma música do MC carioca Kevin o Chris. É muito comum existirem essas parcerias entre os MCs. Como foi o processo de criação da música e como foi o contato com o Kevin?

A música foi o seguinte. Eu fui pro estúdio pra gravar uma música que eu tinha feito, só que o JS, que é o produtor musical, já tinha elaborado o esqueleto da música com essa voz do Kevin, faltava só uma introdução para eu bolar com ele na hora lá e gravar. Inclusive, eu não queria gravar a música, porque eu não gostei assim de início, porque não tava pronta ainda a batida, só estava a parte instrumental, a bateria e o beat. A gente foi montando lá na hora e ele disse “Ó, Felipe essa música aqui é massa, vamos montar ela aqui”, aí eu disse “vamos”. 

Aí a gente criou o início lá na hora, que é a introdução “Se liga aí malvada no que agora…”. A gente começou a montar junto. E assim que a música ficou pronta, eu tentei entrar em contato com o pessoal do Kevin, lá no Rio de Janeiro. [Consegui o contato do advogado] e aí ele autorizou a usar a voz do Kevin.

Você já pensa em outro hit? Já tem alguma coisa gravada, um novo clipe?

Eu, inclusive, já lancei um novo clipe com a blogueira Yasmin, a gente gravou aí em Maceió, o clipe cornetinha maluca. É uma música que eu estou apostando bastante também, já faz um mês e meio ou dois meses que eu lancei. E estou com outra música para ser lançada com Pedro Sampaio, um DJ lá do Rio de Janeiro que está muito bem nas plataformas digitais. A gente fez essa parceria, já tá gravada a música e a gente tá para gravar o clipe na metade de novembro. E outras músicas também com parcerias dos MCs daqui de Recife. Tô com cinco a seis músicas gravadas, falta só esquematizar o lançamento.

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